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sexta-feira, janeiro 03, 2020

Helder mente ao dizer que foi escolhido por toda a população paraense



Por Diógenes Brandão

O blog reinicia suas atividades trazendo um vídeo para avaliação dos nossos leitores e demais internautas, que muitas vezes são levados ao erro ou à manipulação, sobretudo com números e talvez passem batidos em falsas informações divulgadas pela classe política.

O vídeo em questão é o mais recente publicado nas redes sociais do governador Helder Barbalho, nesta quinta-feira, 2, e mescla imagens de algumas regiões do Pará, com um trecho do discurso feito por ele, na manhã da última segunda-feira, 30, quando ele esteve na entrega da revitalização do Memorial da Cabanagem, em Belém, antes de viajar - já que está de licença por duas semanas, pois deixou o cargo na mão do vice para curtir as férias em algum país, onde poucos mortais tem o privilégio de pisar, diga-se de passagem. 

Sendo o governante de um estado que atualmente é o 5º com mais pobres no país, com quase 3 milhões e 800 mil paraenses vivendo abaixo da linha da pobreza, cuja renda por pessoa é inferior a 5,5 dólares, Helder Barbalho sabe que todo esse contingente de miseráveis corresponde a 44,3% da população paraense, mas quem disse que estaria sempre presente, resolveu tirar férias no exterior.

No discurso, sobre a cripta onde estavam os restos mortais de líderes da cabanagem, Helder teve a petulância de afirmar: "Nós fomos escolhidos para servir a esse estado. E seguramente ser escolhido por 8 milhões e meio de pessoas, que entregam a nós o futuro da coletividade dessa região e desse estado deve ser motivo de orgulho para todos nós.."

Assista:


Ao ouvir tal afirmação, conclui que ou a assessoria de Helder Barbalho tem falhado na tarefa de mantê-lo em sintonia com a realidade, ou ele anda enganando a si e a todos que tem acesso aos vídeos e demais conteúdos que são divulgados em suas redes sociais. 

Não posso concluir outra coisa que não seja isso, pois dizer que foi escolhido por 8 milhões e meio de paraenses beira a insanidade ou sofre da mitomania, que é a doença da mentira compulsiva, já que apenas 3.731.364 (três milhões, setecentos e trinta e um mil e trezentos e sessenta e quatro) eleitores tiveram seus votos válidos nas eleições de 2018, quando ele foi eleito e destes, exatos 2.068.319 (dois milhões e sessenta e oito mil e trezentos e dezenove) eleitores votaram nele. Os demais 1.663.045 (um milhão, seiscentos e sessenta e três mil e quarenta e cinco votos foram para o seu adversário, Márcio Miranda, sendo que 81.232 eleitores votaram em branco e 404.458 eleitores foram às urnas e anularam os seu votos.

A população do estado, segundo o IBGE, é de 8,5 milhões pessoas, mas apenas 5.497.589 (cinco milhões, quatrocentos e noventa e sete mil, quinhentos e oitenta e nove eleitores estavam aptos a votar. Destes, 1.280.584 (um milhão, duzentos e oitenta mil e quinhentos) paraenses se abstiveram do voto. Ou seja, nem que todos estes quase cinco milhões e meio de eleitores que foram às urnas votar, tivessem votado só em Helder Barbalho, ele não poderia se vangloriar de ter sido escolhido por 8,5 milhões de paraenses, como afirmou no vídeo. 

É como se todas as pessoas, sejam elas: crianças recém nascidas, idosos, pacientes em estado terminal, presos, os que votam em branco, os que anulam seu voto e toda a massa de pessoas que nem sequer saíram de casa para votar, fossem agora usadas pelo discurso falacioso de que escolheram Helder Barbalho como governador. 

Assim como fez ao dizer que havia pagado o Piso da Educação, dando um reajuste de apenas 2,17%, depois de retirar 3%, em forma de aumento da alíquota previdenciária, que descontará diretamente do salário dos servidores públicos do Pará, Helder tentou novamente vender mais um mentira para o povo paraense, dizendo que recebeu a confiança de toda a população, inclusive a imensa maioria que não votou nele. 

Mas como estamos aqui para revelar a verdade dos fatos e prová-la com números e informações oficiais, essa potoca não colou.

Fontes dos dados e informações utilizadas nesta matéria: 

AmazonLive - Governador do Pará é desmentido sobre Piso da Educação: https://www.amazonlive.com.br/governador-do-para-e-desmentido-sobre-piso-da-educacao/

Blog do Zé Dudu - Pará é 5º mais empobrecido do Brasil e amplia miséria: https://www.zedudu.com.br/para-e-5o-mais-empobrecido-do-brasil-e-amplia-miseria/

Fanpage de Helder Barbalho - https://www.facebook.com/HelderBarbalho/



terça-feira, julho 16, 2019

Cai mais uma farsa do Diário para blindar Helder Barbalho

Irmão e sócios do Diário Online, empresa que fazia parte do império de comunicação da família Barbalho, Jader Filho e Helder manipulam notícias para favorecer o atual governador do Estado.


Por Diógenes Brandão


Leia primeiro a matéria do portal AmazonLive e depois retornamos:

Uma manifestação de concursados da polícia civil e de moradores do residencial Joércio Barbalho, interrompeu novamente o trânsito em Belém, causando um engarrafamento gigantesco na avenida Almirante Barroso. O ato de protesto foi realizado em frente à sede do governo do Estado, onde o governador Helder Barbalho despacha e fica na maioria do tempo, mas hoje ele não estava no local, pois está no exterior fazendo um curso. 

O protesto foi noticiado ao vivo, pela TV Liberal. 

Assista:


Transferida pelo ex-governador Simão Jatene, antes a governadoria ficava na rodovia Augusto Montenegro, próximo à SEDUC e hoje se encontra ao lado do Tribunal de Justiça do Pará, por sua vez onde abrigou o colégio Lauro Sodré.

O protesto durou o suficiente para causar grande aborrecimento dos motoristas e passageiros que ficaram presos no engarrafamento que começava no Entroncamento e ia até a avenida Dr. Freitas. Já é a segunda vez que um protesto no mesmo local é realizada no mesmo local e novamente foi deturpada por matéria publicada no portal Diário Online, pertencente a Helder Barbalho e seu irmão, Jader Filho.

Pois bem. 

Na terça-feira passada, dia 09, o DOL mentiu ao dizer que o protesto de concursados da SEDUC era em frente ao Tribunal de Justiça. A farsa foi registrada pelo portal AmazonLive. Hoje, o portal dos irmãos herdeiros do império de comunicação dos Barbalhos, mente novamente para seus leitores, na maior cara de pau.



Para confirmar a manobra da informação noticiada, o blog entrou em contato com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Pará perguntando pelo que foi noticiado pelo DOL e obteve a seguinte resposta: "O protesto foi sobre o concurso público da Polícia Civil. Não teve a ver com o Judiciário paraense.  Acredito que você deva procurar este órgão ou algum representante do Poder Executivo para manifestação", sugeriu o tribunal, através de email devolvido com a resposta à nossa solicitação de informações. 

A má fama dos veículos de comunicação controlados pela família Barbalho já rendeu diversos memes e apelidos nas redes sociais. Internautas criaram diversas páginas como Diário Sem Verdades, Diário Fake News e Baby Dol, que aproveitou a farsa de hoje para criar um evento e ensinar o DOL a diferença entre o local onde fica o Tribunal de Justiça e o Palácio de Governo.

Por sua vez, Jader Filho, o irmão e sócio do irmão de Helder Barbalho no portal Diário Online, ganhou o apelido de Rei da Fake News no Pará.



quinta-feira, novembro 01, 2018

DOXA explica o que aconteceu depois da sua última pesquisa ter sido divulgada na véspera das eleições

Dornélio Silva, da DOXA Pesquisas.

No blog Ver-O-Fato, sob o título Doxa explica pesquisas eleitorais no Pará, hoje à noite, ao vivo, no "Linha de Tiro"; e o Ministério de Bolsonaro


O programa "Linha de Tiro" desta quinta-feira - das 20h00 às 21h00 - será mais uma vez quente e polêmico, pois vamos abordar as pesquisas eleitorais no pará que deram certo e as que deram errado. O entrevistado é o cientista político Dornélio Silva, diretor da Doxa, que previu na véspera dos segundo turno que Márcio Miranda tinha 3,8 pontos à frente de Helder Barbalho, que foi quem se elegeu com 10 pontos de vantagem, como indicou o Ibope. 

Dornélio será questionado pelo jornalista Francisco Sidou sobre resultados tão diferentes e quais as explicações para ambos. Na mediação da conversa estará o jornalista Carlos Mendes. Também vamos tratar das escolhas de Jair Bolsonaro para seu ministério e as críticas da oposição.  

O público poderá participar, fazendo comentários e perguntas a Dornélio Silva e aos integrantes da bancada do "Linha de Tiro". 

Assista clicando aqui

terça-feira, junho 05, 2018

Os paneleiros arrependidos

Rodolfo Gonçalo lamenta ter se deixado “contaminar” pelo que falavam de Dilma dentro de seu táxi (Foto: EMILY ALMEIDA/AGÊNCIA O GLOBO)
Surge nas cidades brasileiras uma nova categoria de engajados: os ex-paneleiros que lamentam ter colaborado para a ascensão de Michel Temer, à frente do governo mais impopular da história 

Por JULIANA DAL PIVA E ALESSANDRO GIANNINI, na Época

Eles voltaram. No último domingo à noite, enquanto Michel Temer anunciava em rede nacional um conjunto de medidas para tentar encerrar o movimento dos caminhoneiros grevistas, o barulho das caçarolas tomou conta de diferentes cidades do Brasil. Frequentes nos meses que antecederam o impeachment de Dilma Rousseff, os panelaços foram momentos ruidosos de união cívica entre cidadãos desejosos da deposição da presidente. Muita coisa mudou de lá para cá. O governo impopular da petista foi substituído por um governo ainda mais impopular, que atingiu os maiores índices de reprovação da história. Surgem agora, em meio aos problemas de abastecimento provocados pela paralisação dos caminhoneiros, os primeiros “paneleiros” arrependidos de terem protestado pela queda de Dilma e colaborado para a ascensão de Temer.  

O servidor público Mário Rodrigues Magalhães, de 33 anos, mirava o nada durante o início da tarde da terça-feira 29 de maio. Sentado em um dos bancos do Largo da Carioca, entre a praça do metrô e o caminho que leva ao edifício do BNDES, no centro do Rio de Janeiro, vestia camisa social listrada, calça social e sapatos de couro, ambos pretos. Com os braços cruzados, ele se disse angustiado desde o fim da semana. “Esse clima de pânico geral, não tem como não se abalar.”  

Para ele, mesmo considerando os constantes atrasos de salário nos últimos anos, o momento em que esteve mais preocupado foi na última semana, ao acompanhar as consequências da greve e o desabastecimento de itens básicos nos supermercados, hospitais e postos de gasolina. No domingo, ele e sua mulher, Mara, assistiam à televisão em sua casa no Méier, bairro da Zona Norte do Rio, quando ouviram o pronunciamento de Temer para os transportadores de cargas. Mara repetiu então um gesto que não fazia havia quase dois anos: foi à cozinha, pegou as panelas e repetiu o panelaço que já tinha feito na época em que Dilma Rousseff ocupava a Presidência da República.  

“Minha mulher bateu panela contra a Dilma. Neste último(pronunciamento de Temer) também”, contou sorrindo. Ele afirmou que a vida não melhorou como esperava após a troca de governo. “Fui a favor do impeachment por causa da corrupção, das denúncias, dos escândalos, tudo isso aí mancha muito”, explicou. No entanto, revela que a família mudou de ideia e acredita que a mudança resultou em mais dificuldades.  “Talvez tivesse sido melhor ela (Dilma) ficar, não está acontecendo nada de diferente em relação a antes”, disse Magalhães, que declarou ter votado na petista. Para ele, os índices de economia que melhoraram nos últimos anos não passam de dados para propaganda. O que conta, em sua visão, são o aumento do desemprego, a alta nos preços de combustível e do custo de vida.

Maisa Pacheco diz que se sentiu “manipulada” nos protestos pelo impeachment (Foto: LEO MARTINS/AGÊNCIA O GLOBO).

A apenas alguns metros de Magalhães, a funcionária de um escritório de contabilidade no centro do Rio, Denise Lopes, de 52 anos, amarga um arrependimento semelhante. Trajando uma blusa azul com detalhes verdes e pretos e uma calça jeans, ela retornava apressada para o escritório após o almoço quando encontrou a reportagem. Também expressava um sentimento de cansaço.  

Lopes afirmou que só não chegou a fazer panelaço no domingo porque mora em um local isolado na Portuguesa, na Ilha do Governador. “Ninguém ia ouvir, minha casa é bem afastada. Não adiantaria”, explicou. Ela contou que foi favorável ao impeachment que derrubou Dilma Rousseff, mas também avalia que a troca não trouxe o resultado que esperava. “Fui a favor porque achava que deveria mudar pelo povo brasileiro, que falava não ao governo”, lembrou. Eleitora da petista, Lopes disse que não suportava mais as denúncias de corrupção que envolviam o PT e também achava Dilma omissa em relação à situação dos serviços públicos. “Ela estava fazendo um governo incompetente. Não estava preocupada com o povo brasileiro, assistia algumas partes do Brasil, mas não o povo inteiro.”  

Dois anos depois, Lopes afirmou que lamenta a troca há algum tempo. Para ela, o estopim nem foi a greve do transporte, mas as denúncias envolvendo o presidente Michel Temer na delação da JBS e, especialmente, o projeto anunciado por ele para mudar as regras da aposentadoria na reforma da Previdência. “Quando comecei a ver o próprio Temer com as decisões dele em relação à (reforma da) Previdência, a gente viu que foi uma coisa manipulada”, explicou. “Antes tivéssemos esperado um pouco para termos o direito de votar em uma nova eleição.”  

Quem também se sentiu influenciado e mudou de ideia foi o produtor de sistemas de informação Rodolfo Gonçalo, de 38 anos. Morador de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, afirmou que passou os últimos anos dividindo suas tarefas em um home office com bicos de taxista. E foi dirigindo que conversou com muitos passageiros e amigos sobre a situação do país. Nesse período, ele disse que ouviu “barbaridades” sobre Dilma e outros políticos. Passado o tempo, avalia que se “deixou contaminar”. Antes favorável ao impeachment, ele disse que não sabe mais se foi a melhor opção. “Houve mudanças? Sim. Melhorou? Ninguém sabe. É o que vejo”, afirmou. “Não sou a favor dela, mas dizer que ela arrebentou tudo?”

O servidor público Mário Magalhães acha que o impeachment trouxe mais dificuldades para sua vida (Foto: EMILY ALMEIDA/AGÊCIA O GLOBO).

Na capital paulista, mais arrependidos. Dona de um sex shop na Rua da Consolação, Maisa Pacheco, de 45 anos, assustou-se com o movimento em sua loja no último domingo. Devido à crise dos caminhoneiros, seu caixa fechou o dia com apenas R$ 16, para uma média de faturamento de R$ 2 mil. Assim, quando Temer surgiu na TV para o pronunciamento, foi para a Avenida Paulista bater panelas. De repente, se viu alvo de olhares curiosos de outras pessoas. “Fiquei sozinha batendo panela na Paulista. O pessoal ficou achando que eu era louca”, brincou. Ela só estava retomando o hábito que cultivou em um passado não muito distante, quando também pegou as caçarolas para apoiar o impeachment de Dilma — período no qual teve farta companhia.  

Examinando a situação em retrospecto, ela acredita que os manifestantes foram manipulados. “Essa coisa já estava errada quando a gente foi para a rua pedir o impeachment”, disse. “Não pensamos que o vice era o Temer. Teve uma manipulação, mas não podemos reclamar. Esse pessoal que votou na Dilma também tinha de saber que era o Temer como vice. Teríamos de fazer uma mudança de processo político”, completou.  

A greve dos caminhoneiros, motivo do último panelaço, bateu no Twitter as menções registradas em outros momentos históricos, entre eles o impeachment de Dilma Rousseff. Segundo um estudo da Diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP) da FGV, o volume de menções relacionadas à greve dos caminhoneiros na rede social faz do evento o maior dos últimos anos no Brasil. Desde o domingo dia 20 até a terça-feira dia 29, o estudo identificou cerca de 8,5 milhões de menções. Além do impeachment, a greve ultrapassa a repercussão da prisão do ex-presidente Lula e da morte da vereadora Marielle Franco.  

Segundo os pesquisadores, essas menções se distribuem na rede em meio às discussões que, em geral, apoiam as pautas defendidas pelos caminhoneiros, mas sem um consenso nas demais questões debatidas. Por isso, os pesquisadores veem semelhanças com as manifestações de junho de 2013. “Essa manifestação serviu como um catalisador de uma série de insatisfações que têm se acumulado no país. Um desemprego muito alto, a preocupação com inflação, a questão dos combustíveis aumentando direto em função do aumento do dólar. Em algum momento esses fatores iriam confluir como se fosse uma faísca e foi o que aconteceu. Nesse sentido, é muito parecido com o que aconteceu em 2013”, apontou o pesquisador Marco Aurelio Ruediger, líder da DAPP da FGV.



sexta-feira, março 02, 2018

Governador Simão Jatene detona os Barbalhos e dá início à polarização na disputa pelo governo do Estado



Por Simão Jatene, em sua fanpage

Amigas e amigos, 

Só não vê quem não quer a tentativa desesperada e permanente do Império de comunicação que pertence parte vergonhosa da família Barbalho - e faço questão de destacar “parte” para não ser injusto com a família – de tentar manchar e desqualificar tudo e todos que contrariam ou ameaçam seus interesses nada republicanos.  

Exemplos não faltam.  

A Assembleia Legislativa e seu Presidente eram tratados como exemplo de democracia e gestão, mas somente até que o Deputado Marcio Miranda se tornasse ameaça ao indisfarçável desejo do grupo se apoderar dos cofres públicos, através do rebento, que a cada dia mais parece o pai, especialmente, na avaliação nada elogiosa que recebe da imprensa nacional.  

Do mesmo modo, o Ministério Público e seus membros, à semelhança do Poder Judiciário e dos Tribunais de Contas, na visão do grupo político, deixam de ser instância fiscalizadora e julgadora, e passam a ser meros serviçais do executivo, em linguagem quase sempre chula e desrespeitosa, quando suas decisões desagradam ao bando, como demonstra inclusive a recente, descabida e reveladora reação dos seus veículos, no caso do aterro sanitário de Marituba.  

Agora, no permanente esforço diário de criar factoides, o grupo tenta desqualificar as ações do Estado na questão envolvendo a empresa Hydro, no município de Barcarena, como se fosse nossa ou do nosso governo, e não deles, conforme as inúmeras denúncias na Lava-Jato, a prática de relações promíscua com empresas.  

Não! Não, senhores de triste história e inexplicado império. Não sou eu e tampouco o nosso governo, que tem sido frequentador assíduo de listas e denúncias da operação Lava-Jato por oferecerem favores a empresas. E não adianta tentar confundir a população.  

Amigas e amigos, 

O governo, no âmbito da sua competência, tem sido absolutamente isento, técnico e responsável no tratamento da questão de Barcarena. A primeira determinação foi priorizar o atendimento às pessoas e evitar maiores danos. Nesse sentido, sem pirotecnia ou proselitismo político, foi definida com a Defesa Civil e a Secretaria de Saúde, em articulação com o Município, a disponibilização de água potável e atendimento em saúde, enquanto foi exigido que a empresa reduzisse e mantivesse as bacias de resíduos com desnível de, no mínimo, um metro, para garantir segurança face o elevado volume de chuvas que tem caído na região.  

Posteriormente, conforme anunciado inclusive nos veículos de comunicação nacional, tendo em vista o não cumprimento por parte da empresa das obrigações definidas pela SEMAS, foi determinado que a mesma reduzisse sua produção em pelo menos 50%, para que fosse mantido o sistema de tratamento de efluentes e imposta multa de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) por dia, sem prejuízo de outras penalidades.  

Amigas e amigos, 

Só a tresloucada idéia, típica dos prepotentes e desesperados, que julgam ser possível torturar a realidade para que ela confesse não ser real, pode justificar a tentativa desse grupo político, mais uma vez, esconder e desvirtuar fatos. O povo do Pará não é bobo. Sabe quem sempre defendeu a compensação pela desoneração das exportações, sabe quem criou as taxas sobre recursos minerais, sabe quem defende o Estado, sabe quem é quem e tem demonstrado isso nas urnas.

quinta-feira, novembro 16, 2017

Juiz que pediu a condenação de Helder Barbalho, absolveu Simão Jatene pela mesma prática: Uso da mídia para influenciar os eleitores

TRE-PA julgou improcedentes as duas denúncia contra Helder, uma apresentada pela coligação "Juntos pelo Pará", vencedora das eleições de 2014 e a outra pelo Ministério Público Eleitoral.

Por Diógenes Brandão 

Com o voto do ex-prefeito de Capanema, Alexandre Buchacra (ex-PT) e mais quatro (04) juízes do TRE-PA, o ministro Helder Barbalho foi absolvido junto com o candidato a vice-governador na época, o ex-deputado Joaquim Lira Maia. 

A ação ajuizada pelo Ministério Público Federal por meio da procuradora regional eleitoral substituta, Maria Clara Barros Noleto, foi julgada nesta quinta-feira (16), em Belém. A outra foi movida pela coligação "Juntos pelo Pará", comandada pelo PSDB.

Além do juiz Alexandre Buchacra, acompanharam o voto divergente de Altemar da Silva Paes, os juizes Amilcar Roberto Bezerra Guimarães, Arthur Chaves e Luzimara Moura. Todos julgaram As Ações de Investigação Judicial Eleitoral - AIJES 317955 e 250310, como improcedentes.

O único voto pela condenação de Helder foi do relator do processo, o desembargador Roberto Gonçalves de Moura que deu seu parecer favorável à acusação de que, enquanto candidato, o ministro abusou do poder econômico e fez uso indevido de meios de comunicação de sua família - Rádios, TV e jornal - nas eleições de 2014, quando concorreu ao cargo de governador do Estado. A denúncia partiu da coligação "Juntos pelo Pará", encabeçada pelo governador Simão Jatene reeleito no segundo turno daquele pleito.

O advogado de defesa de Helder Barbalho informou que à época todas as matérias veiculadas foram submetidas ao TRE, que analisou o material e não impediu o registro da candidatura, o que permitiu que o candidato pudesse concorrer ao pleito.

Cabe lembrar que em outra Ação, o mesmo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou o mandato do governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), e do seu vice, Zequinha Marinho (PSC). Por 4 votos a 2, os membros do Pleno do TRE confirmaram que Jatene fez uso indevido de poder político e econômico, no programa habitacional Cheque Moradia, para ser reeleito nas eleições estaduais de 2014.

Um advogado presente no julgamento de hoje, informou ao blog que o mesmo relator que hoje pediu pela condenação do candidato Helder Barbalho, há quatro meses absolveu Simão Jatene pelos mesmos motivos: Abuso de poder econômico através do uso de veículos de imprensa.

Um dos juízes que participou do julgamento da Ação, chegou a defender em seu discurso o ditado popular: "Pau que dá em Francisco, dá em Chico".

O advogado lembrou que no dia 27 de julho deste ano, o TRE-PA julgou a AIJE nº 317093, onde o relator também foi o desembargador Roberto Gonçalves de Moura. Nos autos, o requerente era a coligação "Todos pelo Pará", representada na candidatura de Helder Barbalho, contra Simão Jatene, o empresário e então diretor do sistema ORM (Rádios, TV e Jornais) Ronaldo Maiorana, o jornalista Ronaldo Brasiliense, o empresário e diretor do sistema Marajoara, Carlos Santos e os radialistas Silvinho Santos e Nonato Pereira. Segundo a denúncia, os citados acima eram responsáveis pela veiculação de mensagens difamatórias, caluniosas ou injuriosas contra o candidato Helder Barbalho e sempre favoráveis ao candidato Simão Jatene.

Cabe lembrar que nesse caso, o desembargador Roberto Gonçalves de Moura, que também foi o relator do processo contra Simão Jatene e os veículos e profissionais de imprensa acima descritos, entendeu que "os próprios demandantes (Helder e Lira Maia) tinham a seu dispor um conglomerado midiático utilizado para ataques a adversários e divulgação de feitos próprios e que portanto não houve desequilíbrio substancial algum e, portanto, o ilícito "abuso ou uso indevido dos meios de comunicação" não se conforma". 

Ou seja, o desembargador que hoje relatou a Ação de Investigação Judicial Eleitoral procedente contra Helder Barbalho, dizendo que houve prática ilícita no uso de mídias a seu favor, há quatro meses atrás julgou a Ação similar contra Simão Jatene, como improcedente. A alegação para tal mudança de entendimento, não convenceram os demais juízes do TRE-PA, que votaram contra o contraditório relator.

A impressão que fica é que Jatene pode usar os veículos das ORMs (Maioranas) e do Sistema Maroajara (Carlos Santos), assim como Helder também pode usar os veículos da RBA (Barbalho).

E quem não tem empresa de rádio, jornal e TV, como fica?

Onde está o princípio da igualdade de condições, tão exaltado pela justiça eleitoral e todos os códigos processuais eleitorais em vigor no país?

Outra pergunta que fica no ar é se depois da decisão de hoje, nas eleições de 2018, os veículos de comunicação e seus respectivos profissionais poderão livremente fazer suas campanhas eleitorais antecipadas a favor e contra os candidatos dos dois principais partidos do Pará: O PSDB e o PMDB.

Pelo que o TRE-PA deixou a entender em seu despacho é que fica mantida a máxima: "Não te mete em política sem dinheiro". E, principalmente, sem amigos na grande mídia.

quinta-feira, julho 27, 2017

REACIONARISMO - Entre o medo, o desdém e a cólera: o avanço da extrema direita no Brasil


Por Raphael Silva Fagundes, no Le Monde Deplomatique Brasil

A extrema direita tem uma função útil para o mercado e para o governo golpista: usar os seus seguidores para “criminalizar” e estigmatizar toda a esquerda e transformar, por conseguinte, a luta por liberdade e justiça social em uma falácia. É lógico que se aproveitam das condições sócio-históricas da democracia atual, onde uma massa de cidadãos desencantados, desorientados e descontentes, não sabem a quem ser leais. 

Quem prepara os meios pelos quais se apoderaria de mim está em guerra comigo, embora não esteja ainda me lançando dardos nem flechas.

Essa é uma frase de Demóstenes, orador grego que no discurso conhecido como a Terceira Filípica tenta convencer os atenienses a se protegerem do avanço de Filipe II da Macedônia em meados do século IV a. C. O orador e político da era clássica procura esclarecer os cidadãos de que, embora Filipe II pareça não querer invadir a cidade de Atenas, ele está se armando e conquistando todas as cidades vizinhas. Os gregos não podiam dormir, precisavam se atentar para a expansão do rei macedônio: “Digo que, se o repelirdes já, sereis sensato, mas, se negligenciardes, não podereis mais fazê-lo, quando quiserdes”.[1]

Essa é uma lição dos antigos que pode muito bem ser útil para lidarmos com o avanço da extrema direita no Brasil atual. Alguns acham que falar dela é dar ibope demais, outros, por sua vez, têm medo de pronunciar o nome “Bolsonaro”, acreditando que assim ele pode ficar famoso já que, em uma época de algoritmos nas redes sociais, ter o nome citado diversas vezes é um caminho para se tornar viral. Mas será isso prudente?

Como iremos nos calar perante um fenômeno social real, que não assola somente o brasileiro, mas a própria democracia ocidental? Isso já aconteceu uma vez. “Cabe lembrar que a supressão de direitos por meio do fascismo é sempre uma opção para o capitalismo”.[2] De acordo com Eric Hobsbawm, um dos maiores historiadores do século XX, foi a negligência da Liga das Nações que fez com que Hitler ampliasse o seu poder.[3] Mas se tratou realmente de uma negligência? Por “mais estranho que Hitler parecesse, tinha uma virtude muito apreciada pelos conservadores ingleses: odiava a União Soviética e todos os comunistas”. Por outro lado, Joseph Stalin interpretou a Conferência de Munique como “a prova cabal de que todos no Ocidente trabalhavam em favor de uma guerra da Alemanha contra a URSS”.[4] Assim se protegeu e até mesmo um acordo com Hitler estabeleceu.

Hoje, evidentemente, o cenário é um pouco diferente, mas o fato é que o crescimento da extrema direita é sempre proveniente do uso desta pela direita com o intuito de combater a esquerda, enquanto que esta, por sua vez, negligencia o crescimento da extrema direita porque acredita que seu maior inimigo é a direita liberal. Isso aconteceu na Segunda Guerra e parece estar se repetindo agora… Que farsa é essa???? Não que isso nos leve a uma nova guerra de proporções mundiais, mas pode nos viciar ao voto útil…

Como os franceses, podemos ficar entre um representante dos bancos, empresário etc.. e um líder troglodita da direita. É lógico que esse cenário é armado: “não nos iludamos – não se trata de um líder isolado. É toda uma máquina midiática que impulsiona esse líder, amparada por entidades e associações patronais, como a Fiesp, que estruturam o conflito dessa forma”.[5] A Globo, por seu turno, publicou, quase que instantaneamente, após a condenação de Lula por Moro: “Bolsonaro parabeniza Moro por condenação de Lula”.[6] Depois arma todo o teatro da polarização para nos desviar dos problemas reais que conduzem as lutas de classe, como a aprovação das reformas trabalhistas.

Por isso é importante destacar um outro aspecto. O desdém ao crescimento da extrema direita não a dispersará, pelo contrário, mais ódio criará. Aristóteles mostra como determinados oradores podem incitar a cólera nos ouvintes. A cólera “nos incita a tomar vingança manifesta por um desdém manifesto, e injustificável, de que tenhamos sido vítimas, nós, ou algum dos nossos”.[7] Como é mais que sabido, Lula e a esquerda são acusados de causar a crise no país, pelo menos é o que a mídia e os seguidores de Bolsonaro nos fazem acreditar. E o que devemos fazer? Desdenhar? São “irascíveis e prontos em encolerizarem-se principalmente contra os que tratam com desdém o estado presente em que se encontram”.[8]

A extrema direita tem uma função útil para o mercado e para o governo golpista: usar os seus seguidores para “criminalizar” e estigmatizar toda a esquerda e transformar, por conseguinte, a luta por liberdade e justiça social em uma falácia. É lógico que se aproveitam das condições sócio-históricas da democracia atual, onde uma massa de cidadãos desencantados, desorientados e descontentes, não sabem a quem ser leais. Mas é pela retórica que essa direita cresce.

Daí voltamos a Demóstenes. A sua oratória se vale do “dizer aquilo que não é de agrado do povo”, o que parece esboçar sinceridade e neutralidade. Esse tipo de argumento faz parecer que o orador está apenas se baseando na lógica. Intitula-se e adora quem o intitula de realista. Isso lhe dá o direito de usar até mesmo palavras duras, afrontando o ridículo, pois a verdade não tem engodo, enfeites ou ornamentos. Diz o orador grego: “Uns diziam o que era do agrado do povo e não causava nenhum aborrecimento; outros, o que devia salvá-los, e acumulavam-se animosidades”.[9] E até hoje temos essa sensação, acreditamos que aquele que “fala na cara”, que não mede as palavras, enfim, o realista, acaba, injustamente, sendo vítima por ser verdadeiro. Isso é apenas retórica!

Sancho Pança ao perceber que o exército de Pentapolin que marchava contra o de Alifanfaron era apenas dois rebanhos de carneiros, foi advertido por Dom Quixote: “É o medo que tens, Sancho, que te faz ver e entender tudo mal”. Mas será que o exército de Bolsonaro que se levanta hoje contra a democracia é apenas um rebanho de carneiros? Ou talvez o medo de uns camufla o real e os fazem “ver e entender tudo mal”? É certo que “aquele que não tem medo não é normal”, mas acho que não deveria ser medo o sentimento que devemos sentir, mas esperança. O medo é um afeto expectante negativo, aquele que espera um futuro ruim, atormentado e desencadeado pela angústia, pode acarretar pavor, horror e desespero. Mas para o filósofo Ernst Bloch, há os afetos expectantes positivos. “A esperança frustra o medo”.[10] E um dos versos de Hölderlin diz: “onde há perigo, cresce também o que salva”.

Por isso, o aumento dos movimentos sociais em meio à crise da democracia. Bernie Sanders, o candidato democrata à presidência dos EUA, ganhou relevância falando de socialismo em meio a uma eleição que deu vitória a Donald Trump. As eleições do Rio de Janeiro levaram ao segundo turno um candidato que tinha como única coligação o Partido Comunista Brasileiro, o Partidão de Marighella. Não somos nós que estamos com medo, mas os patrões que estão aumentando o rigor em usar a mídia, a repressão policial e seus palhaços com cara de maus para combater o que está em avanço.

Talvez a estratégia de só se falar em Lula seja uma forma de nos levar a pensar em um único líder, um líder que não é tão adversário dos interesses empresariais. A esquerda radical está ganhando cada vez mais espaço, à medida que os movimentos sociais se expandem, à medida que as ruas vociferam. Por isso, o surgimento da extrema direita. Ela parte do Lula para descaracterizar toda a esquerda. O líder do PT é stalinista, trotskista, gramsciano, chavista… A grande variação de pensamento socialista conflui em um único ser. Ser comunista passa a ser petista. E, em muitos casos, alguns movimentos e veículos de informação independentes caem nessa polarização viciada. Aliás, os governantes sempre souberam dividir para conquistar, é tradicional, lendário.

Temos que falar de Bolsonaro sim! Da sua relação no jogo do poder, no jogo de linguagem. Das verbas que recebe do governo golpista e do trato dúbio que a mídia o dá (livrando-o da corrupção e o condenando apenas por “falar sem decoro”). O poder sabe se disfarçar muito bem por de trás de seus lacaios, de suas marionetes, que muitas vezes não sabem o que estão fazendo, mas confortáveis estão com a fama e com a ilusão de gozar com o poder.

*Raphael Silva Fagundes é doutorando em História Política da UERJ e professor da rede municipal do Rio de Janeiro e de Itaguaí.

[1] DEMÓSTENES. As três filípicas/Oração sobre as Questões da Quersoneso. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 78.

[2] BAVA, Silvio Caccia e ROMANO, Jorge O. Vamos falar de populismo. Le monde diplomatique Brasil. Ano 10, n. 120, julho, pp. 03-05, 2017, p. 05.

[3] HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX 1914-1991. 2 ed. São Paulo: Cia das Letras, 1997. p. 45.

[4] GOLÇALVES, Williams da Silva. A Segunda Guerra Mundial. In: FILHO, Daniel Arão, FERREIRA, Jorge e ZENHA, Celeste (orgs.) O século XX: o tempo das crises. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. p. 171.

[5] BAVA, Silvio Caccia e ROMANO, Jorge O. op. cit. p. 05.

[6] KRAKOVICS, Fernanda. Bolsonaro parabeniza Moro por condenação de Lula. Disponível em: https://oglobo.globo.com/brasil/bolsonaro-parabeniza-moro-por-condenacao-de-lula-21581554

[7] ARISTÓTELES, Arte retórica e arte poética. Rio de Janeiro: Tecnoprint, s/d. p. 117.

[8] Id. p. 119.

[9] DEMÓSTENES, op. cit., p. 93.

[10] BLOCH, Ernst. O princípio esperança. Rio de Janeiro: Contraponto, 2005. p. 113.

quarta-feira, junho 14, 2017

Após acreditar em Miriam Leitão e criticar petistas, nova presidenta do PT é detonada pela própria militância

Gleisi solidarizou-se com Miriam Leitão e tem sido bastante criticada por ter puxado a orelha da militância sem antes saber se a jornalista da Rede Globo falou a verdade. Inúmeros relatos dizem que ela mentiu, exagerou e inventou fatos irreais.

Por Diógenes Brandão

Uma semana depois de ser eleita como presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann começa a sentir o peso de dirigir um partido plural e cansado de apanhar da imprensa e demais setores que se colocam como adversários implacáveis. 

Depois de dar um puxão de orelha na militância, em solidariedade à jornalista Miriam Leitão, que alegou ter sido agredida verbalmente em um vôo de Brasília ao Rio de Janeiro, a senadora paranaense foi duramente criticada por milhares de militantes de todas as regiões do país. As manifestações vieram através das redes sociais, onde diversos filiados e simpatizantes se colocaram contrários à precipitação da dirigente do PT em sair em defesa da jornalista das organizações Globo, sem nem mesmo saber se o seu relato era verdadeiro.

Ontem, o blog publicou o post A polêmica de Miriam Leitão com os petistas. Quem está falando a verdade?, onde diversas pessoas questionaram as informações relatadas pela jornalista, até mesmo por quem estava no vôo, como o presidente estadual do PT-RJ.

Se a presidenta nacional tivesse dialogado com seus companheiros de partido, antes de assumir uma posição pública sobre o fato, talvez nada disso teria acontecido.

Leia a nota oficial do PT:



Em um dos comentários feitos na própria fanpage do partido, a internauta Rosemary Fritsch Brum disparou:

"O PT oficialmente dirigindo-se à Rede Globo e pedindo desculpas sobre o controverso episódio envolvendo a ex-economista Miriam Beltrão em voo doméstico é render vassalagem sim! Começou mal a presidente recentemente eleita pelos diretórios petistas.Papelão da Direção".

Não se sabe se é de sua autoria, mas circula pelos grupos de whatsapp, uma nota com a assinatura de Gleisi. 

Talvez a senadora tenha resolvido acalmar os ânimos de sua base, após ter sido bastante criticada, mas o documento ainda não consta nem na sua fanpage e nem na do PT.

Leia:

Companheiras e companheiros,


Estou acompanhando nas redes sociais o debate e opinião da militância partidária sobre o texto da jornalista Miriam Leitão e a nota que soltei a respeito.



Em um primeiro momento, diante da manifestação da jornalista, revivi o impacto de situações constrangedoras que senti algumas vezes, com o escracho a que, sozinha, fui submetida em aviões, aeroportos e locais públicos. Sofri agressões, como sofreram agressões muitos de nós petistas.



Quero como presidenta de nosso partido ter diálogo constante com nossa militância, ouvindo e considerando opiniões e posicionamentos. Compreendo a reação, uma vez que tantas e tantas vezes sofremos, individual ou coletivamente, as agressões da Rede Globo.



A nota em nenhum momento diminui nossa luta contra as idéias e posturas da jornalista Miriam Leitão, muito menos contra o monopólio midiático em que ela trabalha.

Nossa indignação tem se manifestado em ações massivas e coletivas, como as que estamos fazendo em conjunto com os movimentos sociais pelas ruas do Brasil, como a que faremos no dia 30, com a greve geral. Ações massivas, coletivas, democráticas e firmes pelo Brasil e pelo povo é o nosso campo de luta


Estou com vocês!



Gleisi.


sábado, maio 13, 2017

Baixaria News: Jornalistas ligam o ventilador no esgoto da mídia



Por Altamiro Borges, em seu blog, sob o título Mainardi para Reinaldo: “Vai dar a bunda”

Esta turma de “calunistas” da chamada grande imprensa é realmente muito baixo nível. É bem xucra! Na cavalgada golpista para derrubar Dilma, ela esteve unida e excitada. Conclamou os seu fanáticos seguidores a ocuparem às ruas para depor uma presidenta eleita pela maioria dos brasileiros. Atiçou o ódio fascista na sociedade. Porém, passado o “golpe dos corruptos”, que alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer, ela agora está dividida. E não faltam baixarias. Dois dos principais mentores da direita nativa – Diogo Mainardi, a anta que obra na GloboNews, e Reinaldo Azevedo, que trabalha na Veja e Folha – estão em guerra e ligaram o ventilador no esgoto. 

Diogo Mainardi, que fugiu do Brasil aparentemente para escapar de processos judiciais, está doente. Ele aposta no caos político como forma de viabilizar uma candidatura fascista no país. Deve morrer de amores pelo facínora Jair Bolsonaro, o apologista dos estupros e das torturas. Já Reinaldo Azevedo não esconde sua plumagem tucana. Desde a época da falida revista ‘Primeira Leitura’, ele mantém relações carnais com os caciques do PSDB. Após atiçar as marchas golpistas contra Dilma, ele agora está preocupado com os abusos da midiática Operação Lava-Jato, que ameaçou – apenas ameaçou – atingir alguns tucanos para manter as aparências de imparcialidade. 

Nesta semana, a guerra entre os dois egocêntricos atingiu o ápice – ou melhor, o esgoto. Reinaldo Azevedo publicou na Folha uma dura crítica ao “justiceiro” Sergio Moro. De forma certeira – e difícil constatar esta verdade –, ele afirmou que no depoimento de Lula, ocorrido na quarta-feira (10) em Curitiba, o juiz “esmagou o devido processo legal com um desassombro inédito em tempos democráticos”. De imediato, o criador do termo “petralha” foi acusado por seus antigos seguidores de “petralha”, de “traidor” e de outros adjetivos impublicáveis num site bem comportado como este. Diogo Mainardi seguiu as antas fascistas das redes sociais. 

Nesta sexta-feira (12), Reinaldo Azevedo provocou seu antigo comparsa da revista do esgoto – atual comentarista do asqueroso Manhattan Connection, da GloboNews, e um dos editores do site fascista O Antagonista. Em postagem na Veja, ele perguntou ao “Oráculo de Veneza”: “Quando é que o Lula vai ser preso amanhã? Vá buscar uma ocupação, meu velho”. A ironia irritou o ricaço que reside em Veneza e tem “preguiça de escrever”. Pelo Twitter, Diogo Mainardi respondeu de forma elegante: “Vai dar a bunda, Reinaldo”. Alto nível dos colunistas da chamada grande imprensa! Um exemplo para o jornalismo mundial. Coisa bem apropriada para os tempos do bordel golpista de Michel Temer. 

terça-feira, fevereiro 14, 2017

VEJA tenta impedir volta às ruas dos movimentos pró-impeachment


Por Diógenes Brandão

Um dos inimigos mortais do PT e odioso articulador do golpe contra Dilma, Reinaldo Azevedo está devidamente posicionando como atirador de elite da revista VEJA e da rádio Jovem Pan, atirando agora em tudo que se move - contra Temer e os setores da mídia, congresso e judiciário - e que porventura venham reagir contra o escárnio promovido indecentemente no Brasil.

Ao dar um baita puxão de orelha nos "militantes" do "Vem Pra Rua" e "Movimento Brasil Livre", o blogueiro da VEJA e comentarista da Jovem Pan disse em sua coluna na revista mais "vendida" do Brasil, que seus meninos de recado estão deixando se influenciar pela esquerda brasileira, ao planejarem sair às ruas novamente, agora contra a impunidade e o fim da Lava Jato.

O enredo criado pelo blogueiro da direita é - admito - persuasivo e passivo de ser absorvido pela falange verde-amarela, hoje com suas panelas silenciadas. Como argumento, usa uma verborragia de que o Brasil continua sendo atacado por uma fantasiosa teoria da conspiração comunista, que tudo de mal planeja, que tudo domina e que pode a qualquer momento fazer com que conservadores e setores da direita, caiam em suas armadilhas.

Com frases de efeitos, sem ofender e nem elogiar, o astuto sniper midiático alimenta de delírios e nuvens de fumaça, as mentes mais desprovidas de racionalidade ou com cegueira política absoluta, por isso necessitada sempre de condutores da manada.

Se o caro leitor estiver disposto a ler a sórdida manobra, com suas justificativas e orientações para que os jovens que pediram o impeachment de Dilma continuem calados e recolhidos, deixando com que Temer, Gilmar Mendes e o ministro do PCC façam o que tem que fazer, eis o link abaixo.

Nele você poderá perceber que aquele que se acha o orientador mor do exército de marionetes que cantavam hinos "patriotas" e saíram às ruas com suas camisas da CBF e hoje agonizam em seus sofás nas manhãs dominicais, totalmente desorientados sobre o que falar da corrupção, que ao invés de diminuir, tomou conta para muito além do governo: Agora controla o Congresso Nacional e tende a contaminar e dominar todo o poder judiciário.



domingo, fevereiro 12, 2017

Valadão dá esporro em evangélicos que abandonam igreja, após pregação política do procurador da Lava Jato.



Por Hermes C. Fernandes, em seu blog

Que pastor midiático esperaria que seu rebanho virasse as costas e deixasse o recinto do templo no momento em que seu púlpito fosse entregue a um procurador da república responsável pela Lava Jato? Pois isso ocorreu na igreja da Lagoinha em Belo Horizonte no “culto fé” dirigido pelo pastor e cantor André Valadão. Pelo menos, de acordo com o próprio, em seu desabafo feito no mesmo culto na semana seguinte. Valadão fez críticas ácidas aos frequentadores de seu culto após a sua inusitada reação ao receber Deltan Dallagnol.

Segue abaixo o desabafo seguido de meu parecer sobre o episódio.


Antes de tudo, deixo claro que reconheço o constrangimento passado pelo pastor André Valadão. Talvez não tenha sido maior do que o meu quando me neguei a ceder meu púlpito ao deputado Eduardo Cunha numa visita surpresa que fez à nossa igreja tempos atrás. Dada a insistência de um de nossos membros que o estava assessorando, permiti, com muita relutância, que ele apenas saudasse a audiência. Confesso que meu arrependimento foi imediato, mesmo que ele ainda não estivesse envolvido nos escândalos de corrupção que estourariam posteriormente.  Foi a última vez que recebi um político em nossa igreja. Lá se vão uns dez anos.

Apesar de entender seu constrangimento, não o considero uma boa justificativa para ser tão deselegante com o seu próprio povo. Nenhuma autoridade, por maior e mais importante que seja, merece isso. Se o tal procurador tem feito algo de bom pelo país nos últimos dias, aquele povo tem sustentado seu ministério por dezesseis anos.

Creio que a atitude das pessoas que deram as costas no momento em que Deltan Dallagnol assumiu o microfone deve ser levada a sério, não como um desrespeito, mas, quiçá, como uma demonstração de conscientização. Em tempos de mídias sociais, as pessoas estão cada vez mais informadas, assumindo posturas que nem sempre convergem com a de seus líderes.

Qualquer pastor ou líder religioso deveria pensar duas vezes antes de franquear seu púlpito a um político. No caso de Dallagnol, ele não é bem o que poderíamos chamar de político, mas sua atuação, bem como a de seus pares (inclusive a do juiz Sérgio Moro) tem se revelado cada vez mais política (alguém ainda duvida disso?). Senão em sua intenção (queira Deus que não!), ao menos em seus desdobramentos.

Algumas coisas na fala de Valadão me provocaram reações adversas. Por exemplo: dizer que jamais aquela igreja havia recebido alguém tão importante quanto Dallagnol. Nem é preciso estar tão familiarizado com os ensinamentos de Jesus para perceber o quão distante isso está no espírito do evangelho. Repare no que o mestre nazareno diz aos seus discípulos:

“E houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior. E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve." Lucas 22:24-26

Um procurador da república nada mais é do que um servidor público. Suas credenciais não o tornam melhor do que qualquer cidadão comum.

Veja que não era a primeira vez que esta questão surgia entre os discípulos (e pelo jeito, está longe de ser a última). Capítulos antes, lemos que “suscitou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, vendo o pensamento de seus corações, tomou um menino, pô-lo junto a si, e disse-lhes: Qualquer que receber este menino em meu nome, recebe-me a mim; e qualquer que me receber a mim, recebe o que me enviou; porque aquele que entre vós todos for o menor, esse mesmo será grande” (Lucas 9:46-48).

O fato de estar estudo em Harvard, não constitui ninguém mais importante que os demais. Nem mesmo o fato de ser considera um benfeitor do povo. A graça preconizada no evangelho nos nivela a todos. Entre nós, Dallagnol não é mais importante que uma empregada doméstica ou um porteiro de um prédio qualquer.

Bem faria Valadão se atentasse para a advertência de Tiago, um dos mais engajados discípulo de Jesus:

“Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Porque, se entrar na vossa reunião algum homem com anel de ouro no dedo e com traje esplêndido, e entrar também algum pobre com traje sórdido e atentardes para o que vem com traje esplêndido e lhe disserdes: Senta-te aqui num lugar de honra; e disserdes ao pobre: Fica em pé, ou senta-te abaixo do escabelo dos meus pés, não fazeis, porventura, distinção entre vós mesmos e não vos tornais juízes movidos de maus pensamentos? Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que são pobres quanto ao mundo para fazê-los ricos na fé e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam? Mas vós desonrastes o pobre. Porventura não são os ricos os que vos oprimem e os que vos arrastam aos tribunais?” 
Tiago 2:1-6 

À luz deste texto, deveríamos honrar a quem Deus estabeleceu como prioridade em sua agenda e não os figurões que se destacam sob os holofotes da mídia.

Quanto o restante de sua fala, tenho a impressão de que André Valadão fez uma crítica ao seu próprio ministério, bem como ao de sua irmã, a cantora e pastora Ana Paula Valadão, com sua mania de espiritualizar tudo, colocando tudo na conta dos principados e potestades de plantão (termos relacionados a entidades malignas que seriam responsáveis pelos males que assolam a humanidade).

Tantas “palavras proféticas” já foram liberadas daquele “altar”. Sem contar os "atos proféticos" (ou seriam patéticos?). Pena que as pessoas tenham memória tão curta. 

O que a igreja precisa não é de heróis, salvadores da pátria, “referências de Deus” como disse Valadão. A igreja precisa é de consciência política.

Espero, sinceramente, que o ocorrido na Lagoinha seja um precedente que leve os líderes a colocarem suas barbas de molho e a desistirem de manipular politicamente seus rebanhos.

*Hermes Carvalho Fernandes é pastor, escritor, conferencista e teólogo com doutorado em Ciências da Religião e editor do blog 

sexta-feira, fevereiro 03, 2017

Ódio no Brasil: Estamos nos armando, mas a guerra ainda não começou



Políticos, religiosos e parte da mídia inflamam a população, desumanizando o adversário e transformando o jogo democrático em uma luta do bem contra o mal. Quando um grupo de pessoas passa a desejar e a festejar a morte daqueles que foram desumanizados, os políticos, os religiosos e essa parte da mídia dizem que não têm nada a ver com isso.

Líderes de certos movimentos travam guerras na internet, dizendo que a esquerda é a razão de toda a corrupção e dor que há no mundo. Quando um punhado de ignorantes resolve espancar quem ousa vestir roupas vermelhas ou quando médicos passam a divulgar e ridicularizar, nas redes sociais, prontuários médicos sigilosos de pacientes de esquerda, os líderes desses movimentos dizem que não têm nada a ver com isso.

Articulistas afirmam que a direita merece ser exterminada pelo que prega. Quando um grupo de malucos passa a pedir o assassinato de juízes e políticos conservadores, esses articulistas dizem que não têm nada a ver com isso.

Certos humoristas elegem apenas iletrados, negros, prostitutas, gays, nordestinos, travestis, população de rua como alvos de suas piadas, ignorando brancos, ricos, grandes empresários. Quando a população reproduz essas piadas no dia a dia, humilhando colegas no trabalho e na escola, esses humoristas dizem que não têm nada a ver com isso.

Campanhas publicitárias transformam mulheres em objetos sexuais, instrumentos de limpeza ou vasilhames de cerveja. Quando homens tratam mulheres como coisas descartáveis, os publicitários e profissionais de mídia dizem que não têm nada a ver com isso.

Grupos sociais e parlamentares defendem que há uma doutrinação comunista nas escolas, militando contra a pluralidade de pensamento e chegando, no limite, a propor que alguns livros sejam vetados, jogados no lixo ou queimados. Quando jovens ignoram a História e cometem os mesmos crimes contra minorias de 80 anos atrás, esses grupos sociais e parlamentares dizem que não têm nada a ver com isso.

Lideranças de taxistas inflamam a categoria contra motoristas de Uber. Quando um grupo espanca um motorista, essas lideranças dizem que não têm nada a ver com isso.

Figuras públicas da TV inflamam a população contra o que chamam de degradação da civilização e das famílias de bem. Quando um grupo resolve amarrar alguém em um poste e linchar até a morte ou quando prefeituras mandam arrancar página de livros didáticos que versam sobre o direito de não ser humilhada por ser mulher, essas figuras públicas dizem que não têm nada a ver com isso.

Parlamentares dizem que as torturas e os assassinatos cometidos pela última ditadura civil-militar brasileira foram necessários para que o país não se tornasse uma grande Cuba. Daí quando a tortura segue sendo utilizada como método de investigação policial e o Estado usa métodos que nem a ditadura cubana usaria, esses políticos dizem que não têm nada a ver com isso.

Certas famílias inflamam seus filhos contra jovens negros e pobres da periferia e pessoas em situação de rua, dizendo que são uma ameaça à vida nas grandes cidades e não valem nada. Quando um grupo resolve despejar preconceito ou dar pauladas e por fogo nessas pessoas, as famílias dizem que não têm nada a ver com isso.

Pastores e padres de certas igrejas inflamam seus fieis contra aquilo que consideram um desrespeito às leis de seu deus. Quando um grupo espanca um gay, uma lésbica ou uma travesti, esses pastores e padres dizem que não têm nada a ver com isso.

Alguns jornalistas, progressistas e conservadores, inflamam seus leitores, ouvintes, telespectadores, repassando conteúdo violento, sem checar e de forma acrítica. Quando um grupo passa a assediar, de forma injusta, pessoas ou instituições com base nesse conteúdo, os jornalistas dizem que não têm nada a ver com isso.

Políticos inflamam seus eleitores contra jornalistas, progressistas e conservadores, por eles estarem divulgando fatos reais e não as opiniões que convém a esses políticos. Quando jornalistas passam a apanhar nas ruas porque cismam em não concordar que emoções superam provas, esses políticos dizem que não têm nada a ver com isso.

No Brasil, ninguém reconhece que fomenta ódio contra outros seres humanos.

Porque, no Brasil, muitos não reconhecem como ser humano quem é diferente deles.

Gritar isso para a nossa bolha nas redes sociais não resolve. Ou você respira fundo e conversa com quem pensa de outra forma, promovendo a empatia onde ela não existe e concedendo – nessa conversa – o mesmo tratamento que confere aos seus amigos, ou continuaremos vendo exércitos se armarem de cada lado para uma guerra em que apenas as baratas sobreviverão.

E não se enganem, ela ainda nem começou.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...